quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Terrores noturnos


A noite – enorme, tudo dorme
Menos teu nome

Leminski



Algo no meu peito me sufoca
Me oprime, me impede de respirar
O pranto rompe em minha garganta
Mas os olhos já estão cansados do desfecho

Algo no meu peito me sufoca
Imagens passam incessantemente
meu olhar não sendo meu, meu toque não sendo meu
a ausência daquilo que nunca ficou

Algo no meu peito me sufoca
A dor de não saber como seguir
De entender que a razão é o melhor caminho
Mas ter desaprendido a ouvi-la

Algo no meu peito me sufoca
A perda do meu braço, do meu canto
Sentir-me sozinha, errante
Não mais partilhar, apenas eu

Algo no meu peito me sufoca
A certeza de que teríamos sido grandes
Que olhamos mais a fundo do que outros
E polos opostos, nos completamos.


Algo no meu peito me sufoca - Apenas...

Nenhum comentário:

Postar um comentário