quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Intertextualidade com Ainda é Cedo - Legião Urbana

A garganta fecha, e as palavras travam, não saem, fraquejam diante da minha dor. É uma dor física, indescritível, fruto do acúmulo de sentimentos que passaram a coexistir, se tolerar... A dor passa a refletir nas ações, que também se tornam confusas, obscuras, já não sei mais o que sou e o que quero ser. Tudo que parecia tão bem traçado, típico comercial de margarina, desmorona sem que eu consiga recolher os fragmentos. Que direito eu tenho de mudar os planos, de desconstruir aquilo que estava encaminhado para os próximos 60 anos? Olho ao redor, tudo tem a cara de uma outra vida, uma outra pessoa que sem saber como, se perdeu, se foi, vítima de repetidos momentos de prepotência e auto-suficiência. Quem disse que tudo está em minhas mãos? Por que seria eu quem determinaria o que deve ou não ser? A vida tem dessas, nos desestabiliza, cria momentos de tempestades... Tanta amargura na sua voz... Onde aquela doçura de adolescente apaixonado se perdeu? Onde ela ficou quando eu a apunhalei? Perdão...


Nenhum comentário:

Postar um comentário