quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

O grito...




As partículas vão se juntando dentro de mim, como metonímias de sentimentos e sensações que tento, mas não posso reprimir. Meu corpo já não consegue mais camuflar, encenar, se rebela perante os movimentos rotineiros, cotidianos, contidos...
Desde o pé sinto essas partículas me percorrendo, como metal puxado por um grande imã no fundo da minha garganta. A dor é mais forte do que parece, a concentração dessas partículas leva minha pele a se dilatar, se esticar ao máximo... Torna-se insuportável...
Quando não há mais o que fazer o corpo padece à vontade da alma e se entrega a materialização de minhas angústias... Sinto-me liberta!!!

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